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sábado, 23 de janeiro de 2010

Filme e Livro | Sherlock Holmes

Por: Dimas


Sherlock Holmes volta às telas dos cinemas, na interpretação de Robert Downey Jr. e com direção de Guy Ritchie. Personagem criado por Conan Doyle, escritor britânico, tornou-se mais famoso que seu criador, a ponto deste decidir-se a matá-lo, encerrando suas histórias, mas sendo obrigado a ressuscitá-lo por exigências dos leitores da época.

Na passagem para o cinema, em suas diversas versões, sempre foi caracterizado como um personagem frio e dedutivo, que raramente empregava a força física para a solução dos casos.

No filme atual, os roteiristas e o diretor optaram por uma outra via, mostrando várias cenas onde o físico de Sherlock Holmes é tão importante quanto seu intelecto. Robert Downey Jr. empresta seu carisma e cinismo ao personagem, mostrando-o arrogante, enquanto Jude Law é um dr. Watson que não consegue deixar seu grande amigo de lado e está sempre se obrigando a participar e aceitar suas "loucuras", mesmo que isso atrapalhe seu relacionamento com sua noiva. E Holmes faz o possível para que realmente atrapalhe.

A trama do filme é relativamente fraca, mostra um vilão que tem um plano desnecessariamente complicado, mas podemos considerar esse filme um prólogo para os próximos que certamente virão, e onde o grande inimigo de Holmes deverá ter uma participação bem maior. Professor Moriarty é seu nome.

Outro ponto positivo no filme é a Londres mostrada, muito real.

Quem sabe agora os livros de Conan Doyle voltem a fazer sucesso:
1. O cão dos Baskervilles
2. O signo dos Quatro
3. Um estudo em vermelho
(entre outros)


domingo, 10 de janeiro de 2010

Filmes | Títulos em Português

Por: Dimas

     Falando sobre cinema com meu amigo Cassio, ele comentou sobre a discrepância entre os títulos originais e os títulos em português, dizendo que nem sempre são coerentes. Aproveitando o tema, listo abaixo alguns títulos que não são a tradução literal do original. Às vezes com coerência, mas nem sempre ...


1. Títulos em português que dizem o contrário do original:
O Amor Não Tira Férias - The Holiday (as férias)
O Anjo Malvado - The Good Son (o bom filho)
Coração Satânico - Angel Heart (coração angelical)


2. Títulos em português que tentam explicar o título original ou o próprio filme:
Antes Só do que Mal Acompanhado - Planes, Trains and Automobiles (o filme fala da tentativa de um pai de chegar em casa no dia de ação de graças, por isso os “aviões, trens e carros)
Um Diretor Contra Todos - The Principal (o diretor)
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada - Dan in Real Life (Dan na vida real)
Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias – Multiplicity (multiplicidade. Um homem sem tempo acaba criando várias cópias de si mesmo)
Por Favor, Matem Minha Mulher - Ruthless People (pessoas cruéis, insensíveis)
O Suspeito da Rua Arlington - Arlington Road (Rua Arlington)

3. Títulos em português onde os distribuidores não confiaram no título original por serem nomes de pessoas, situações ou lugares:
Ensina-me a Viver -
Harold and Maude (Harold é um rapaz jovem. Maude é uma senhora idosa)
Fenda no Tempo - The Langoliers (Langoliers são bichos comedores do tempo, é de uma história do Stephen King)
Heróis Fora de Órbita - Galaxy Quest (Galaxy Quest é uma série de TV, igual ao Jornada nas Estrelas)
Heróis Muito Loucos - Mystery Men (Mystery Men é um grupo de super-heróis)
O Homem que Burlou a Máfia - Charley Varrick (C. Varrick é o tal homem)
Louca Escapada - The Sugarland Express (essa eu não sei)
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa - Annie Hall (Anniel Hall é o nome da mulher que o personagem de Woody Allen ama. Certa vez li que ele odiou o título que os brasileiros deram ao seu filme e por isso não mais permitiu que alterassem qualquer título de filme dele sem o seu prévio consentimento)
Nunca Te Vi, Sempre Te Amei - 84 Charing Cross Road (esse é o endereço em Londres onde fica a livraria)
Quem Vê Cara Não Vê Coração - Uncle Buck (é o tio chato, mas de bom coração)
Uma Rajada de Balas - Bonnie and Clyde (precisa dizer quem são?)
Sob o Domínio do Mal - The Manchurian Candidate (Manchurian é uma organização)


4. Títulos completamente imbecis e sem sentido:
Brincou com Fogo... Acabou Fisgado! -
Continental Divide (o que tem a ver brincar com fogo com acabar fisgado? Se pesca com fogo??)
Fé Demais não Cheira Bem - Leap of Faith (o tradutor estava com gracinha no dia, “fé demais” ou “fede mais”?)
Johnny Mnemonic, o Cyborg do Futuro - Johnny Mnemonic (quem assistiu ao filme sabe que não há cyborgs)
O Massacre da Serra Elétrica - The Texas Chainsaw Massacre (é uma moto serra e não serra elétrica. Já imaginaram o leatherface procurando uma tomada para ligar a serra quando está prestes a detonar mais uma vítima? E o pior é que não aproveitaram a refilmagem para corrigir a falha)
Pagando Bem, Que Mal Tem? - Zack and Miri Make a Porno (me parece que eles nem recebem para fazer o pornô, quanto mais receber uma boa grana)
O Tiro Que Não Saiu Pela Culatra – Parenthood (considero esse o pior de todos, afinal o normal é que todos os tiros não saiam pela culatra. A frase “o tiro saiu pela culatra” significa que a coisa deu errada, se o “tiro não saiu pela culatra” significa que deu certo. Então qual o sentido desse título???? E a tradução do titulo original é paternidade – ou maternidade)

Devem existir muitos outros títulos malucos por aí. Quem souber de algum que não está na lista, pode mandar.

A pesquisa foi realizada no site “www.adorocinema.com.br

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Filmes | Assistidos no cinema em 2009

Por: Dimas

Em 2009 assisti a 27 filmes no cinema, bem longe da minha meta inicial de ao menos um filme por semana. Não assisti a nenhum filme bomba, como “10.000 AC” e “Max Paine”, desperdícios de 2008. Vou fazer breves comentários de cada um.
Em janeiro, dois filmes, “Madagascar 2” e “A troca”. Um desenho, razoável, continuando a saga do leão Alex e seus companheiros. Houve pessoas que viram um “sair do armário” do querido Alex. Será? O filme dirigido por Eastwood nos trouxe uma Angelina Jolie “vestida para o Oscar”. Não deu sorte, mas sua interpretação de uma mãe obcecada pelo desaparecimento do filho é realmente comovente.
Fevereiro, mês do Carnaval, diversas idas ao cinema. “foi apenas um sonho”, o reencontro do casal do Titanic, em uma história densa, com uma magistral interpretação de Kate Winslet, que levou o Oscar por outro filme. “O curioso caso de Benjamin Button”, para aqueles que acham que Brad Pitt é apenas um rosto bonito no cinema mudarem de idéia. Após ver o filme, meu palpite é que seria o grande ganhador do Oscar, mas isso não aconteceu e após ver um outro candidato, também mudei de idéia. “Operação Walquíria”, Tom Cruise de tapa-olho e nazista? Tá certo que ele já fez um vilão no cinema, mas fazer um nazista? Só ser for um nazista simpático e que planeja matar o Hitler. Passatempo. "Coraline – 3D", li o livro, adoro Neil Gaiman. Bela transposição e com o acréscimo de um personagem inexistente na obra escrita, mas que adiciona muito ao desenho. Técnica de stop motion perfeita. Meu primeiro 3 D. “Do outro lado”, esse filme eu assisti na sessão das três da tarde no cinemark, teoricamente um horário destinado a filmes de arte ou cults. Gostei, fala de duas amigas, uma imigrante ilegal e ativista política. “Appaloosa” foi o último do mês. Um faroeste recente, porém tradicional.
Março e Abril com apenas um filme cada um. “Quem quer ser um milionário?”. Realmente merecedor do Oscar de melhor filme. Há quem critique a ordem cronológica das perguntas, mas me parece mais uma decisão do roteirista e diretor, que não tira o mérito do filme. E praticamente todo mundo comenta a cena da galinha, que traz à mente o filme brasileiro “Cidade de Deus”. “Presságio”, filme apocalíptico com Nicholas Cage, vale pelos efeitos especiais. O fim do mundo, mesmo.
Em maio finalmente o filme que eu tanto aguardava, “Star Trek”! E valeu a pena! Para quem conhece e ama a série clássica, um retorno maravilhoso. Para quem não conhece (existe?) um início espetacular. Bem vindos novamente, Capitão Kirk, sr. Spock e toda a Enterprise! Em seguida, “Che”, a primeira parte da vida do homem que ajudou Fidel a conquistar Cuba. Cansativo.
Em junho, tivemos uma sessão exclusiva no cinema, somente a Adriana e eu na sala, assistindo “Anjos e Demônios”. Ainda não li nenhum dos livros de Dan Brown e pelo que vi nos filmes.... Depois, “Exterminador do Futuro – a salvação”, boa ficção.
Em julho, mês de férias, quatro filmes! Em “Jean Charles”, Selton Melo encarna o brasileiro assassinado pela polícia londrina. Um bom filme para quem deseja conhecer um pouco do dia a dia dos Brasileiros que vivem como ilegais em Londres. “A era do gelo 3 – 3 D”, finalmente nosso esquilinho encontra uma namorada! O terceiro desenho mantém o padrão dos dois anteriores, mérito do brasileiro Carlos Saldanha. “Harry Potter e o enigma do príncipe”, o mais chato até agora da saga do bruxinho inglês, mas talvez a impressão mude quando assistir os dois últimos. “Inimigos Públicos”, Johnny Depp como Dilinger, uma reconstituição de época perfeita.
Agosto, somente um: “Arraste-me para o Inferno”, Sam Raimi de volta às origens, um filme de terror realmente assustador e com um final sem concessões.
Setembro, “Se beber não case!”. Não tinha intenções de assistir, mas diversas pessoas dizendo que era uma comédia muito boa, me fez arriscar. E valeu a pena. Uma comédia inteligente, nada do besteirol que encheu o cinema nos últimos anos. E com uma participação especial do Mike Tyson! “Up – Altas Aventuras – 3 D”, mais um desenho, que fala a crianças e adultos, com um prólogo comovente, que nos faz amar o velho ranzinza.
Outubro, “Che 2”, continuação e conclusão da vida de Ernesto Guevara, contando sua vida na Bolívia. Idealista, sonhador? “Bastardos Inglórios”, para mim o melhor filme do ano, não é um filme de guerra e sim um filme sobre o cinema. E não entendo tanta crítica com a mudança dos fatos históricos cometido pelo Quentin Tarantino. Se querem o real, que busquem um documentário e não uma ficção! Meu candidato ao Globo de Ouro e ao Oscar. “Distrito 9”, um filme onde finalmente os aliens não pousam nos EUA e nem na Europa. Uma analogia crua dos nossos preconceitos.
Em novembro, apenas um, “2012”, uma bobagem gigantesca, como os tsunamis do filme, mas a visão do mundo sendo destruído vale o ingresso pago.
Para terminar o ano, “A princesa e o sapo”, já comentado aqui e “Avatar”, o primeiro filme em 3 D com atores reais que assisto. O retorno de James Cameron. Um divisor de águas na tecnologia 3 D. Um filme com temática atual e que os ecologistas devem amar.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Filmes | A Princesa e o Sapo

Por: Dimas


Hoje é Natal! Mas não falarei sobre nada relacionado ao "clima natalino". Vou falar sobre o último desenho da Disney, "A Princesa e o Sapo". Fomos assistir no último sábado, Adriana, Brenda e eu. A Brenda tem 10 anos, idade ideal para esse tipo de desenho. Matinê no cinemark Goiânia. Pouca gente na sala. Notei que a maioria das crianças eram meninas. Talvez houvesse algum garotinho acompanhado pelo pai ou pela mãe, mas não cheguei a observar. Pareceu-me que na idéia dos pais, esse desenho era somente para meninas. Meninos não se interessariam ou não precisariam ver. Para eles os desenhos devem ser de "aventura" e não de "princesas em busca do seu principe encantado".

Mas vamos ao desenho. A campanha de divulgação e praticamente todas as matérias que li a respeito falam sobre a "primeira princesa negra da Disney". Certamente é. Pocahontas era "vermelha", não conta. Jasmine era árabe, também não conta. Mas Tianna não é uma princesa, ficando mais próxima da Cinderela, do que de outras "princesas".
O desenho é uma adaptação de um dos contos dos Irmãos Grimm, "O Princípe Sapo". Na história original o sapo (ou rã) não é beijado pela princesa.

Filha de uma costureira (ou estilista, se quisermos ser politicamente corretos") e de um pai que sonha em ser dono de um restaurante, Tianna tem um dom maravilhoso para a cozinha. Moram na região pobre de Nova Orleans e ela tem como amiga a filha de um grande magnata da cidade, brancos.
A história se passa na década de 20. Quando cresce, já sem o pai, Tiana trabalha como garçonete e guarda toda sua economia para a compra de um restaurante. Praticamente não se diverte. Continua amiga da garota ricaça, a qual vai receber a visita de um principe. Se você pensa que a amiga a convida para a festa, engana-se. Tiana vai para a festa sim, mas como fornecedora de seus maravilhosos quitutes, através dos quais sua amiga pretende conquistar o principe.

Nesse ínterim, o principe, chegando à cidade, envolve-se com cantores de Jazz (ele é um bon vivant) e acaba nas mãos de um feiticeiro vodu. Que o transforma em um sapo (ver comentários no final). Solução para ele? ser beijado por uma princesa. Ah sim, a festa na mansão é um baile a fantasia e Tiana está fantasiada de ... princesa! Assim o principe/sapo lhe pede um beijo, que ela lhe dá a muito contragosto. Mas ... como ela não é uma princesa de verdade, o feitiço se vira contra ela, que acaba virando uma sapa (ou sapo fêmea, para quem preferir). Sapa e não rã, como li em algumas matérias, pois sapos e rãs são completamente diferentes no mundo animal e não se cruzam!

E a partir daí se desenrola a história, contando as aventuras dos dois "sapos" em busca de uma outra feiticeira que quebre o feitiço lançado e os dois possam voltar ao normal. A principio, como em toda história holywoodiana, os dois não se bicam, mas a convivência fará com que os pontos fortes de cada um se sobressaiam e ambos irão se apaixonar.

Há os personagens secundários, um Jacaré que toca Jazz e quer fazer parte de uma Jazz Band e um vagalume que é apaixonado por uma estrela, pensando que ela é uma vagalume. Os dois vão ajudar nossos sapinhos em sua odisséia.

O final, como em todo desenho Disney, é um final feliz.
Sobre a cor da princesa, ela poderia ser branca, vermelha, amarela, que não faria diferença. Na maior parte do desenho ela é verde, pois está transformada em uma sapa.

Curiosidades sobre o desenho:
1. A voz original do principe é do brasileiro Bruno Campos, ator radicado nos EUA;
2. Tiana é uma personagem feminina forte, com opinião própria e que não se deixa levar apenas por seu sentimentos. Ela não espera que o principe resolva tudo para ela. Isso é uma evolução das princesas, desde a primeira, Branca de Neve.
3. Frog em inglês é "rã", ou seja, eles são transformados em rãs e não em sapos. Isso pode ser observado nas cenas dos caçadores, quando um deles fala que irá "comer uma perna de sapo". Não se come sapo, come-se rã (que é uma delícia). Ainda não consegui descobrir a razão das traduções dessa história infantil optarem por "Sapo". Se alguém souber, gentileza me informar.
4. Não há nenhuma música que seja memorável. São fracas, pelo menos na versão brasileira.

Mas vale a pena levar sua filha, sobrinha (e os meninos também). É um desenho que segue à risca a tradição Disney e certamente Tiana terá seu merecido lugar no Panteão das "Princesas da Disney".


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Filmes | Indicados ao Globo de Ouro

Por: Dimas

Sairam as indicações ao Globo de Ouro. Abaixo segue a listagem parcial dos indicados em Cinema. Os indicados em Séries eu deixarei para o meu amigo/associado Cássio comentar.

CINEMA:

1. Melhor ator em drama:
  • Jeff Bridges, por A Crazy Heart
  • George Clooney, por Amor sem Escalas (*)
  • Colin Firth, por A Single Man
  • Morgan Freeman, por Invictus
  • Tobey Maguire, por Entre Irmãos
Não conheço nenhum desses filmes, arrisco meu palpite em G. Clooney, baseado no que li até agora sobre sua atuação.

2. Melhor atriz em drama:
  • Emily Blunt, por The Young Victoria
  • Sandra Bullock, por The Blind Side
  • Helen Mirren, por The Last Station
  • Carey Mulligan, por Educação
  • Gabire Sadibe, por Preciosa (*)
Também não conheço nenhum desses filmes, arrisco meu palpite em Gabire Sadibe, baseado no que li até agora sobre sua atuação e sobre o filme. Nunca considerei Sandra Bullock merecedora de alguma premiação.

3. Melhor ator em comédia ou musical:
  • Matt Damon, por O Desinformante!
  • Daniel Day Lewis, por Nine (*)
  • Robert Downey Jr., por Sherlock Holmes
  • Joseph Gordon Levitt, por 500 dias com ela
  • Michael Stuhlbar, por A Serious Man
Acho que a distribuição de filmes no Brasil está defasada em relação às premiações no exterior (ou então eles esperam que o filme venha a ganhar algum prêmio antes de lançarem). Tirando o "500 dias" e o "Desinformante", os demais ainda não estrearam. Matt Damon, Daniel Day Lewis e Robert Downey Jr. são meus favoritos. Fico com Daniel Day Lewis, um ator completo, misto de Roberto De Niro e Marlon Brando.
Outra coisa que não entendo é a razão de misturarem dois generos tão distintos, comédia e musical. Mas regra é regra...

4. Melhor atriz em comédia ou musical:
  • Sandra Bullock, por A Proposta
  • Marion Cotillard, por Nine
  • Julia Roberts, por Duplicidade
  • Meryl Streep, por Simplesmente Complicado
  • Meryl Streep, por Julie e Julia (*)
Será o Benedito que a Sandra Bullock está se tornando uma atriz de verdade? Indicada em duas categorias? E será que Meryl Streep será derrotada pela Meryl Streep? Uma indicação não era suficiente para ela. Uma das maiores atrizes da história do cinema. Meu palpite vai para sua performance em Julie e Julia, só pelo sotaque dela (esse filme tem que ser visto no original, sem dublagem).

5. Melhor filme dramático:
  • Avatar
  • Guerra ao Terror
  • Bastardos Inglórios (*)
  • Preciosa
  • Amor sem Escalas
Dizem que Avatar é o novo divisor de águas do cinema. Assim como o som e a cor mudaram o nosso jeito de ouvir e ver cinema, a tecnologia 3D desenvolvida para esse filme irá mudar nosso jeito de "sentir" o cinema. Preciosa é uma "preciosidade" do cinema independente, ótima história, ótimos atores, ótima direção. Bastardos Inglórios não é uma história sobre a Segunda Guerra, é uma história sobre cinema, de amor ao cinema e a tudo que ele representa. É preciso assistir mais de uma vez, para captar todas as suas nuances. Meu palpite, sem sombras de dúvidas.

5. Melhor filme comédia ou musical:
  • 500 Dias Com Ela
  • Se Beber não Case (*)
  • Simplesmente Complicado
  • Julie e Julia
  • Nine
O único musical na lista é "Nine". Assisti "Se beber não case" e gostei muito. Uma comédia que não é besteirol e que tem um roteiro inteligente. Arrisco nele, apesar da forte concorrência dos dois filmes da Meryl Streep. Ou quem sabe decidam pelo único musical da lista?

A cerimônia de entrega dos "Golden Globes" será no dia 17 de janeiro.





sábado, 28 de novembro de 2009

Filme | 2012

Por: Dimas


     Hoje à tarde, fui assistir ao filme "2012", e sabe de uma coisa? Gostei. É um perfeito "filme pipoca", daqueles para assistir sem pensar muito. Pura diversão. A história tudo mundo já conhece, então não vou entrar nessa seara. Só vou comentar alguns momentos que me chamaram a atenção:

1) O casal está discutindo a relação no supermercado e o marido diz à mulher "tem alguma coisa nos separando" (ou algo parecido) e o que acontece? uma rachadura se abre no chão e ... separa os dois! Em outra cena, no Vaticano, o teto está ruindo e aparecem rachaduras, uma delas vai percorrendo e se aproxima da imagem de Deus e do Homem (aquela famosa em que o dedo do homem se aproxima do dedo de Deus), e o que acontece? A rachadura se abre exatamente entre os dois dedos, metáfora clara da separação de Deus e do homem. A Adriana me chamou a atenção da cena do Cristo Redentor, que não aparece ao vivo e sim através da TV: primeiro caem os braços do Cristo, como se ele tivesse "desistido" de abraçar o Rio.

2) E por que não convidaram o Papa para ser um dos refugiados em uma das arcas?

3) Há algumas "mensagens": não pode haver relacionamento interracial, o cientista-geólogo estadunidense que descobre o evento é negro e fica com a filha do presidente ... que é negra (mas não é o primeiro presidente negro a governar os EUA em uma catástrofe, "Impacto Profundo" já tinha isso). E os protagonistas? São divorciados, para que haja o devido fator emocional na trama, mas como tem que ficar juntos, o que acontece com o pobre marido atual dela? Morre, pois tem que morrer para que o "herói" fique com a ex-mulher, mesmo sendo um cara boa pinta, cujos enteados e a mulher o amam.

    Mas somando o que tem de bom e subtraindo o que tem de ruim, o saldo é positivo, 2012 é bom. Um excelente filme pipoca. As cenas de destruição são excelentes. E para finalizar, Woody Harrelson, que participa do início do filme parece estar se divertindo muito, provavelmente pensando "nunca participei de uma bobagem tão grande como essa".

    Para um sábado à tarde, sem muitas pretensões, não me arrependo de ter pago a entrada para ver esse filme.


domingo, 22 de novembro de 2009

Livro | O Estrangeiro

 Por: Dimas

     Meses atrás, quando a SKY liberou os sinais dos canais HBO (ou seria TC?), assisti a um filme britânico, que se passa em uma quarta-feira ensolarada em um parque de Londres. O filme mostra pedaços da vida de vários personagens que estão nesse parque, desde um casal de idosos que fazem amizade pois um deles errou o dia da semana e ambos estavam acostumados a sentar-se no mesmo banco, até um casal que está se separando e se encontram para tratar da papelada do divórcio.

     Logo no começo do filme, um casal está sentado na grama conversando, quando a mulher resolve se deitar para dormir um pouco e o marido, ao observar o ambiente, nota uma garota jovem, de vestido, lendo um livro e deitada bastante à vontade, deixando sua calcinha à mostra. Obviamente que isso chama a atenção desse homem, que ao perceber que sua mulher está de olhos fechados, levanta-se e aproxima-se da garota. Ela está lendo “O Estrangeiro” de Albert Camus. Ela o lê no original (francês) e ele lhe diz que conhece a história. Só que ele não leu esse livro e quando perguntado sobre o que achou do personagem principal, Mersault, ele diz que havia gostado e que sempre se interessava por histórias que mostravam pessoas em países diferentes. Ao falar isso, a garota logo percebe que ele na realidade nunca leu o livro. Gostei do filme, não me lembro o título em português, que no original se chama “Scenes of a Sexual Nature” (Cenas de uma Natureza Sexual). É uma produção de 2006 e me parece que não foi exibida no Brasil. Não há nada de impactante, de reviravoltas, mortes e outras tragédias. Trata de um dia comum em uma cidade comum, com pessoas comuns, suas angústias, desejos, preconceitos e medos, sobre sexo, amor e relacionamentos.

     Em uma das minhas visitas à Saraiva, vi o livro “O Estrangeiro” e me lembrei desse filme. Como é um livro de poucas páginas, resolvi comprá-lo. Não me arrependi. Realmente o personagem do filme errou feio ao dizer que o livro contava a história de uma pessoa vivendo em um país estrangeiro. Pode-se até dizer que o título refere-se a Mersault, seu personagem principal e narrador da história, como um estrangeiro na vida, nas relações ditadas pela sociedade.

     O livro divide-se em duas partes, a primeira contando sobre o falecimento, velório e enterro da mãe de Mersault, que vivia em um asilo, para onde seu filho a mandara anos antes. E a segunda parte trata da prisão e julgamento de Mersault, por ter assassinado um árabe.
  
     É um livro de leitura fácil, seca e direta. O protagonista não faz concessões. Vive em seu mundo e não busca ampliá-lo, mas não impede a entrada de outras pessoas, caso elas assim o desejem. Ao ser indagado se quer que tirem a tampa do caixão para que ele se despeça da mãe, diz não ser necessário.
    
     Em outro trecho do livro: "À noite, Marie veio buscar-me e perguntou se eu queria casar-me com ela. Disse que tanto fazia, mas se ela queria, poderíamos os casar. Quis, então, saber se eu a amava. Respondi, como aliás já respondera uma vez, que isso nada queria dizer, mas não a amava... Ela se calou durante alguns instantes... Queria simplesmente saber se, partindo de outra mulher com a qual tivesse o mesmo relacionamento, eu teria aceitado a mesma proposta. - Naturalmente - respondi."

     Ao ser questionado no julgamento a razão de ter atirado no árabe, diz que foi por causa do sol. Mersault não age por impulso, por paixão, raiva ou vingança. Simplesmente estava ali, com uma arma na mão e o árabe era um desafeto de um amigo seu. Simples assim. Também é interessante o diálogo dele com um padre, já na prisão.

     Se ele é condenado? Isso não importa muito, vale mais acompanhar o desenrolar do processo e a reação de Mersault a cada ocorrência. Boa leitura.

    O Estrangeiro – Albert Camus – Tradução de Valerie Rumjanek - Editora Record – 126 págs

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Livro x Série | True Blood

Por: Dimas


DEAD UNTIL DARK – CHARLAINE HARRIS


Finalmente terminei a leitura do livro “Dead Until Dark” (no Brasil, “Morto até o Anoitecer”), de Charlaine Harris. Já falei sobre ele em post anterior.
E como também já assisti a 1ª temporada de “True Blood”, posso então comentar as semelhanças e diferenças entre as duas obras.
Alguns personagens existentes no livro e na série são bastante iguais e posso citar a Sookie, Bill, Sam, Jason, Arlene, Avó da Sookie, René Lenier.

Outros personagens tem alguma diferença: Lafayette – no livro ele não tem tanta relevância quanto na série e Eric, que no livro é apenas um dono de bar sem nenhuma outra função/responsabilidade.

Já Tara, amiga de Sookie e sempre de mal com a vida, existe somente na série. Assim como Amy, que existe no livro, mas é uma personagem totalmente diferente na série.

O criador de True Blood é Alan Ball, responsável pela série “six feet under” (a sete palmos). Ele aproveita bastante o universo criado por Charlaine, mas coloca sua assinatura na série.

O livro é narrado por Sookie, ou seja, tudo que ocorre no livro é baseado naquilo que a Sookie vê ou que ficou sabendo pelos outros. Já na série (por motivos óbvios) várias situações não vivenciadas pela protagonista são mostradas.

No livro não há um nome para o sangue sintético (ponto para o Alan Ball).
Quando Sookie descobre a identidade do responsável pelo desvio de dinheiro no bar de Eric, no livro é Eric que mata o ladrão e não Bill.
No final do livro e da série, quando finalmente é revelado o Assassino das fang-girls, há outra diferença também, na série Sookie é auxiliada por Sam e por Bill. Já no livro, nenhum dos dois está presente e é a Sookie que se vira sozinha.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Livro e Série | True Blood

Por: Dimas

      Os Vampiros definitivamente estão na moda. Desde os "adolescentes" da série Crepúsculo até os "monstros zumbis" da série Noturno. Livros, filmes e séries de TV tratam do assunto. Uma das melhores séries dessa safra é True Blood (o Cássio pode falar mais sobre ela), exibido pela HBO e já com a primeira temporada em DVD.

Charlaine Harris é a autora da série conhecida como "The Southern Vampire Mysteries", cujo dois primeiros livros já foram traduzidos para o português.

     Para quem não conhece a série nem os livros, um pequeno resumo: Graças aos japoneses, que descobriram como fabricar sangue sintético, os Vampiros podem viver junto aos humanos, que deixaram de ser sua única fonte de alimentação. Mas nem todos estão satisfeitos com essa nova relação social, tanto do lado dos vampiros (que graça tem beber sangue em uma garrafa, quando se pode beber diretamente da fonte original, seja no pescoço ou entre as pernas?) quanto do lado dos humanos (como confiar em alguém que não respira, não tem batimentos cardíacos e é muito mais forte?). A ação do primeiro livro se passa na pequena cidade de Bon Temps, onde o surgimento dos primeiros vampiros traz também uma série de assassinatos misteriosos. Terão os vampiros alguma culpa ou serão apenas bodes expiatórios de um serial killer comum? A heroína da série é Sookie Stackhouse, um jovem e bela garçonete, que tem um pequeno "defeito", o poder de ler mentes. Ela conhece Bill, um vampiro que está tentando se socializar com os humanos. Ela se apaixona por ele, se envolvendo nos conflitos entre vampiros e humanos.

     No Brasil foram lançados dois livros da série, "Morto até o anoitecer", pela editora Ediouro (316 pags) e "Vampiro em Dallas", da editora Arx (256 pags). Estou lendo o primeiro livro, e os capítulos iniciais são bem parecidos com os primeiros episódios da série da HBO. Folheei o segundo livro na Saraiva e pude constatar que há vários erros de português e de digitação ao longo das páginas ("comprimento" no lugar de "cumprimento", entre outros). Parece que lançaram a edição sem se preocupar com a revisão. Espero que em uma futura re-edição esses deslizes sejam corrigidos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Livros | A Ladeira da Saudade (primeiro livro da Adriana)

Por: Dimas


Reprodução do comentário da Adriana: "Meu primeiro livro foi 'A Ladeira da Saudade' de Ganymedes José, publicado em 1984. Li o mesmo, quando tinha 10 anos, sentadinha no chão da biblioteca da escola, foi o primeiro livro que li sem que ninguém me mandasse, a partir dai, a paixão pela leitura me dominou, demorei muitos anos para encontrar a obra, pois, na época não tinhamos acesso a internet ou grandes livrarias, aos 18 anos em viagem a São Paulo, recebi uma ligação de minha mãe, dizendo ter encontrado o livro, resultado - voltei para casa dois dias mais cedo...O Livro é encantador, é uma historia que se passa em Ouro Preto, MG, um romance adolescente do século XX, que lembra a "Marilia do Dirceu" de Thomas Antonio Gonzaga, com pitadas de amor,preconceito racial, cultura e tudo mais que um bom livro deve ter. Além de ser um ótimo livro, ele se tornou parte da minha vida. E agora... lendo e pesquisando sobre descubro que tem uma continuação... uhu! A ladeira da Saudade, José Ganymedes - coleção veredas - Saraiva.com 31,50"

Atendendo a sugestão da Adriana, convido os nossos amigos/amigas a colocarem em "comentários", qual foi seu primeiro livro comprado ou ganho.

abraços.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Livros | Primeiros Livros

Por: Dimas


    Parafraseando aquele famoso comercial, "o primeiro livro a gente jamais esquece".
   
    O primeiro livro que eu ganhei foi "Alice no País das Maravilhas". Foi presente de minha irmã Matilde, quando estava no primeiro ano, aprendendo a ler. Foi o início de muitas leituras. Infelizmente já não tenho mais essa preciosidade, perdida em uma biblioteca criada na sala de aula, nos tempos do "ginásio".
 
    Já o primeiro livro comprado com meu próprio dinheiro é este que está aqui ao lado, "A Profecia". Foi comprado na Livraria Guanabara, em São José dos Campos (acho que não existe mais). Fui com o dinheiro contadinho e ansioso pela aquisição, pois tinha visto o filme. Achei ambos assustadores.
  
     Vale a pena assistir ao filme original, com Lee Remick e Gregory Peck. E o livro fica como dica de leitura.
    
    E com relação à "Alice", vamos aguardar o filme que está sendo produzido por Tim Burton, com Johnny Depp como o Chapeleiro Louco, previsto para 2010.

domingo, 20 de setembro de 2009

Declaração infeliz

Por: Dimas

     Nesta semana que passou o Técnico do Goiás, sr. Hélio dos Anjos, declarou que "ciúme é coisa de viado" e que ele não trabalha com homossexuais. Mais uma infeliz declaração desse senhor. Como disse uma amiga minha, pessoas públicas deveriam tomar mais cuidado com o que falam. E de nada adianta fazer retratações, o estrago não tem conserto.
    Isso me lembrou duas traduções de um conto de Oscar Wilde, "the happy prince". No livro "contos completos de Oscar Wilde", da editora Landmark, em edição bilingue, a tradutora Luciana Salgado optou por manter o sexo masculino da Andorinha (o Andorinha), que tem um relacionamento afetivo com a estátua de um príncipe (um homem). Em nota de rodapé, ela explica que "optamos por nos referirmos à Andorinha no masculino, por tratar-se de um espécime macho, no original". De fato, nesse livro podemos verificar que Oscar Wilde utiliza o pronome "he" ao se dirigir à Andorinha. Temos o seguinte trecho "... said the Swallow to himself. He was too polite to make any personal remarks out loud".
    Em tradução encontrada na Internet (site A Garganta da Serpente -http://www.gargantadaserpente.com/coral/contos/ow_principe.shtml) o tradutor (ou tradutora) decidiu mudar o sexo do Andorinha para o feminino.
    Essa sutil mudança altera o sentido do relacionamento entre os dois personagens. No original e na correta tradução de Luciana Salgado, entende-se que há um relacionamento homossexual entre os dois personagens (Oscar Wilde era homossexual). Na tradução da "garganta da serpente", o relacionamento é trivial, entre um personagem masculino e um outro feminino.
    Pode não ser nada, mas a tradução deve procurar sempre ser a mais fiel possível à obra original. Alterações podem ser vistas como despreparo do tradutor, desconhecimento do sentido original ou deturpação intencional.


Livro: Contos Completos de Oscar Wilde - editora Landmark - edição bilingue - 255 pags. 2006.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tirinha



 
 
 
 
 
 
 
O Cássio não gosta de séries antigas ...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Livro | Noturno

Por: Dimas


Um avião aterrisa em Nova York e não se posiciona para o desembarque. As luzes no avião estão todas apagadas. Descobre-se que todos a bordo estão mortos. Primeiro episódio de Fringe, a série de J.J. Abrams? Poderia ser, mas é também o início do livro "Noturno", escrito por Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan. Del Toro é diretor de cinema - O Labirinto do Fauno - e Chuck Hogan é autor de "Prince of Thieves" (ainda sem tradução). A idéia da história é de Del Toro e o desenvolvimento é de Hogan, mas ambos trabalharam juntos. Apesar da semelhança com o início de Fringe, o desenvolvimento é outro. Trata-se de uma história de vampiros. Mas não os vampiros teens da série Crepúsculo e tampouco o vampiro sedutor de Anne Rice, Lestat. Na história de "Noturno", conhecemos uma vertente vampiresca mais semelhante a zumbis. Os passageiros e tripulantes do vôo 753 da Regis Airlines são contaminados por um vírus transmitido pelo "Mestre", um dos sete Grandes Vampiros existentes na Terra. Ele foi trazido para os Estados Unidos por um milionário que busca a vida eterna. A trasmissão do vírus vampiresco não se dá pela mordida de dentes caninos e sim através de um ferrão (um apêndice) que nasce na garganta e é expelido pela boca do infectado. A menção a zumbis não é gratuita pois os vampiros de "Noturno" lembram bastante os zumbis de "n" filmes de terror. Para combater a ameaça, temos o dr. Goodweather (dr. bomtempo, em português), um infectologista do governo, que a princípio não acredita no que está acontecendo, mas é convencido e auxiliado pelo prof. Setrakian, um especialista e conhecedor da existência dessa raça de vampiros e que tem uma dívida pessoal com o "Mestre". Não me perguntem por qual feliz coincidência o prof. Setrakian, entre tantos lugares do mundo para viver, escolhe exatamente Nova York, onde seu arqui-inimigo resolve aparecer. Quem leu Drácula, há de notar semelhanças entre Setrakian e Van Helsing. Finalizando, esses vampiros não temem água benta e crucifixos e não saem durante o dia pois são vulneráveis à luz solar (eles não ficam brilhando feito purpurina).

Trecho do livro: "Sua boca se abriu como se fosse responder - e o ferrão se projetou, cruzando toda a largura do veículo, e perfurou a garganta do sujeito indefeso, que nada conseguiu fazer além de espernear" (pag. 341).

Personagens principais: dr. Eph Goodweather - pai de um garoto de 11 anos, que está brigando na justiça pela custódia do filho, no processo de divórcio com Kelly, sua ex-mulher. Prof. Abraham Setrakian - polonês, prisioneiro do campo de extermínio Trebrinka, onde conheceu o Mestre e teve por ele as mãos quebradas. Tornou-se um especialista em vampiros e mora em Nova York, onde acumulou objetos e conhecimento sobre a raça dos Vampiros, esperando o momento de sua vingança. Gus - ladrãozinho barato, é o responsável por retirar a Van do aeroporto que contém o caixão onde está o Mestre. É "convocado" pelo grupo dos 3 vampiros antigos, que não concordam com as ações do Mestre. Aparentemente terá uma participação mais ativa nos dois volumes restantes. Eldritch Palmer - um velho multi-milionário e doente, é o responsável pela vinda do Mestre para Nova York e foi através de sua influência e contatos que o caixão contendo o Mestre conseguiu ser embarcado em Berlim, sem que houvesse fiscalização (a mesma situação do Drácula de Bram Stoker, na viagem da Transilvânia para a Inglaterra).

Noturno é o primeiro livro da "Trilogia da Escuridão". Recomendo a leitura para aqueles que gostam de terror e suspense. É um livro envolvente, fácil de ler e que nos deixa na expectativa da sua continuação.


Editora Rocco - 463 pags - tradução de Sérgio Moraes Rego e Paulo Reis. (preço: R$ 37,20 -saraiva.com)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Livro x Filme | Stardust

Por: Dimas

     Vamos agora falar sobre as semelhanças e diferenças entre o livro e o filme, ambos já comentados em posts anteriores.
     A história basicamente se mantém: A queda de uma estrela transformada em mulher. A busca de um rapaz para alcançar o coração da mulher que ama. A busca pela estrela para conseguir a juventude perdida. A busca pela jóia que irá permitir a posse de um reino. E tudo acontecendo em um mundo de fadas.
    Neil Gaiman vendeu os direitos de seu livro para o cinema e aparentemente não participou de sua adaptação. Matthew Vaughn e Jane Goldman tiveram a liberdade de mudar diversos aspectos do livro, buscando a "visualização" do espetáculo.

    Vamos às semelhanças: Yvainne cai no mundo das fadas e em seu poder está a jóia. Tristan vai em seu encalço pois prometeu-a para sua amada. Tristan é filho de um humano e de uma habitante do mundo das fadas. Sua mãe é prisioneira e filha desaparecida do Senhor das Tempestades. As três bruxas rainhas precisam do coração da estrela para poderem se tornar jovens novamente. Os irmãos herdeiros do reino tentam se matar um ao outro. Tristan e Yvainne vão parar em uma nuvem e são salvos por um barco voador, após fugirem da estalagem onde Yvainne chegara com um unicórnio e onde Primus fora assassinado por Lamia. Septimus é assassinado e Tristan passa a ser o herdeiro do trono.

    Agora as diferenças: No livro ambos os dois povos (humanos de Wall e habitantes do mundo das fadas) se confraternizam de tempos em tempos, durante a feira. No filme dá-se a impressão que ninguém conhece o que existe do outro lado (isso me lembro "a vila"). No livro Tristan atravessa a passagem e vai caminhando até encontrar Yvainne. No filme ele é transportado através da vela mágica. No livro o pai dele se casou, tem uma esposa que o adotou como filho. No livro o capitão do navio não tem muita importância na história. No filme, como o ator é Robert de Niro, ele passa a ter um papel maior, mudam seu nome para Shakespeare e ele é homossexual - e não deixa de ser cômico ver esse grande ator nessa caracterização. Tristan aprende a ser espadachim e luta contra o pretendente de Vitória, coisa que no livro ocorre até o inverso, pois Tristan insiste que Vitória se case. Não há no livro a luta final na casa das bruxas rainhas. No livro Yvainne diz a Tristan que nunca poderão ter filhos, pois ela é uma estrela e estrelas não engravidam. No filme eles tem filhos. No filme eles governam juntos até decidirem que é hora de irem embora e usando a vela mágica, se tornam estrelas. No livro, Yvainne diz que nunca poderá voltar aos céus. Governam juntos até a morte de Tristan e então passa a governar o reino sozinha.
   
    Há outras diferenças, e para isso convido o amigo leitor a assistir ao filme e ler o livro (ou vice-versa). São emocionantes, são duas obras distintas que trazem a mesma mensagem: a busca do amor é o mais importante, mesmo quando não sabemos que o estamos procurando.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Filmes | Stardust - o Mistério da Estrela

Por: Dimas



Dirigido por Matthew Vaughn e com roteiro dele e de Jane Goldman.
Atores:
Claire Danes (Yvainne) - Charlie Cox (Tristan) - Michelle Pfeiffer (Lamia) - Robert de Niro (Capitão Shakespeare) -Mark Strong (Septimus)


    Tristan, durante um encontro com Vitória, a garota pela qual é apaixonado, vê uma estrela cadente. Vitória diz que lhe dará um beijo e o que ele mais quiser, se ele lhe trouxer aquela estrela. Tristan resolve então partir para a terra das fadas, local onde a estrela caiu. Ocorre que o Vilarejo onde mora, Wall (muro), é separado do mundo das fadas por um muro e há somente uma passagem, guardada por um vigia, que não lhe permite passar para o outro lado. Desconsolado ele retorna a casa, onde diz ao seu pai o que pretendia fazer. O que Tristan não sabia é que seu pai já estivera do outro lado, onde conheceu uma garota e desse encontro ele foi gerado. Seu pai dá-lhe então uma vela mágica, que tem o poder de levar a pessoa que a segura para onde deseja. Ao desejar estar com a estrela cadente, Tristan é transportado para o local onde está caída uma bela mulher, Yvainne, a estrela cadente. Em sua posse está uma jóia. Essa jóia foi jogada ao céu pelo moribundo Senhor do Domínio das Tempestades que disse a seus filhos vivos que somente aquele que conseguisse recuperar a jóia teria direito a ser o novo Senhor. Ele teve sete filhos homens e uma filha mulher, que desapareceu. Os irmãos mortos "convivem" com seus irmãos vivos na forma de fantasmas. Há uma estranha tradição entre os irmãos. Somente um poderá estar vivo para herdar o reino e assim eles tentam se matar um ao outro. Logo de cara, um dos irmãos morre, empurrado através da janela. Em seguida um outro é morto envenenado. Sobram apenas dois: Septimus e Primus, que saem em busca da jóia.

    Enquanto isso, em uma casa decadente, três velhas se reúnem ao saber que há uma estrela que caiu do céu. Elas precisam do coração dessa estrela para recuperarem a juventude. Uma das irmãs, Lamia, é a escolhida para ir atrás da estrela e com o pouco de energia que ainda possuem do coração da última estrela, ela consegue voltar a ter um aspecto jovem.

    No início, Tristan tem Yvainne como sua prisioneira, mas isso muda no decorrer de suas aventuras. Acompanhamos então as peripécias de Tristan e Yvainne para chegarem a divisa com Wall, enquanto Septimus, Primus e Lamia, os perseguem. A primeira tentativa se dá em uma estalagem magicamente construída por Lamia, onde Yvainne busca refúgio, após fugir de Tristan, sendo levada até lá por um Unicórnio. Nesse mesmo lugar aparecem Primus e Tristan, que haviam se conhecido pouco antes, quando Tristan havia pedido uma carona. Ao perceber que Yvainne carrega a jóia que ele precisa, Primus é morto pela bruxa. Tristan e Yvainne conseguem escapar graças à vela mágica, que os transporta para uma nuvem, no meio de uma tempestade, de onde são resgatados por um navio voador, comandado pelo capitão Shakespeare, que os protege durante a viagem de retorno à terra e ensina Tristan a ser espadachim e dançarino.

     Chegando à terra, após Yvainne e Tristan irem embora, o navio é atacado pelo grupo de Septimus, mas são rechaçados pela tripulação. Septimus consegue fugir. No caminho para Wall, encontram-se com a bruxa Ditchwater Sal, responsável por manter como escrava a mãe de Tristan, transformada em um pássaro. Ocorre que essa escrava é também a filha desaparecida do Senhor do Domínio das Tempestades, fazendo, por conseguinte Tristan um dos herdeiros do Trono. Os dois chegam a uma vila e no quarto em que se hospedam, descobrem que estão apaixonados um pelo outro. Na manhã seguinte Tristan decide ir sozinho para Wall e dizer para Vitória que não tem mais interesse nela. Enquanto ele está em Wall, Yvainne acorda e pensando ter sido abandonada, resolve ir também para lá, para que Tristan possa fazê-la de presente. Na passagem do muro há o encontro entre Ditchwater Sal, Lamia e Yvainne. Lamia mata a outra bruxa e seqüestra Yvainne, levando-a para sua casa, juntamente com a escrava. Tristan, e logo atrás dele, Septimus, as seguem. Na casa das três bruxas, Septimus é morto e Tristan tenta salvar sua amada. Ele consegue destruir as irmãs de Lamia, mas não a vence, e ela os engana se fazendo de arrependida. Os dois são então salvos por Yvainne, a qual brilha (afinal não é isso que as estrelas fazem?) e destrói a rainha bruxa. Estando Septimus morto, Tristan torna-se o único homem da linhagem, tornado-se o novo Senhor do Domínio das Tempestades. Ao pegar a jóia, ela brilha e os seus tios fantasmas desaparecem. Há a cerimônia de coroação, com a presença na mãe e pai de Tristan, dos povos do mundo das fadas e dos amigos do vilarejo de Wall. No final somos informados pela voz em off (sir Ian McKellen) que os dois reinaram de maneira justa, tiveram filhos, envelheceram e usando a vela mágica se tornaram duas estrelas novas a brilhar no céu.


Estréia no Brasil: 12 de outubro de 2007
Em DVD: maio de 2008 – widescreen – Paramount



No próximo post, farei as comparações entre o livro e o filme. Até lá.

domingo, 6 de setembro de 2009

Séries | Smallville ou Matrix?

Por: Dimas



Clark Kent com o uniforme de Superman para a próxima temporada (nona).
Será que Lois Lane estará vestida de Trinity????

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Livro | Stardust

Por: Dimas



     Escrito por Neil Gaiman e ilustrado por Charles Vess, Stardust é um conto de fadas para adultos, ou “um romance nos domínios do mundo das fadas”, como coloca o autor logo no início. Em algum lugar da Inglaterra existe um vilarejo chamado Wall (muro), o qual tem em uma de suas divisas, um muro que o separa do mundo das fadas. Esse muro tem apenas uma única passagem, que é vigiada constantemente por dois homens, um de cada lado. O povo de Wall e o povo do mundo das fadas se confraternizam apenas uma vez a cada 9 anos, durante o Festival da Primavera, quando os habitantes de ambos os lados podem visitar o território vizinho. No início da história, conhecemos Dunstan Thorn, jovem de 18 anos, que durante o Festival, conhece uma mulher prisioneira de uma bruxa e faz amor com ela. Alguns meses depois, os guardas da passagem do muro encontram uma cesta com um bebê em seu interior. Esse bebê é chamado Tristran Thorn, que é criado por seu pai e pela esposa dele. Tristran cresce, se torna homem e faz uma promessa à mulher pela qual está apaixonado: ir em busca de uma estrela que ambos viram cair. Essa estrela caiu no mundo das fadas. Em troca de receber a estrela, sua amada lhe promete atender qualquer pedido. Com isso em mente, Tristran vai para o outro lado do muro, encontra a estrela cadente, transformada em uma bela mulher e inicia a jornada de volta para Wall. Seria uma tarefa simples, mas como se trata de uma aventura, é necessário que haja os antagonistas do herói, que aqui são representados por duas vertentes: uma bruxa que precisa do coração da estrela para ter sua juventude de volta (a dela e de sua duas irmãs) e os irmãos herdeiros do Domínio das Tempestades, um dos maiores reinos do mundo das fadas, que buscam a jóia que está em poder da Estrela (e que foi o motivo da queda dela). O Senhor do Domínio das Tempestades morreu e lançou a jóia pela janela e quem a encontrar terá direito ao trono. Ocorre que além de encontrar a jóia, apenas um dos irmãos pode estar vivo, e assim eles tentam matar um ao outro. Sobram dois: Primus e Septimus. Primus é morto pela bruxa, quando ela havia preparado uma armadilha para pegar a Estrela. E mais à frente a bruxa também mata Septimus, pois ele tinha por obrigação matar o assassino do irmão, antes de poder ser aclamado o novo Senhor, sendo assim ele vai atrás da Bruxa, mas acaba se dando mal. Durante a jornada, Tristran e Yvaine - a Estrela - acabam se apaixonando, fazendo com que ele esqueça o amor pela mulher que motivou sua aventura. No final ele também descobre que não é filho da mulher do pai dele e sim da escrava da bruxa, que na realidade é a filha perdida do Senhor do Domínio das Tempestades. Como todos os herdeiros homens estão mortos, Tristan torna-se então o novo Senhor, mas antes que ele tome posse no novo reino, parte em novas aventuras com sua amada, deixando a administração com sua mãe. Anos se passam e então os dois retornam, Tristran é coroado e reina até sua morte, deixando então o comando para Yvaine.


    O livro foi lançado no Brasil em 2001, pela Conrad (206 pags) e relançado em 2007, pela Pixel (220 pags).
Na próxima postagem falarei sobre o filme.
Até lá ...