sábado, 23 de janeiro de 2010

Filme e Livro | Sherlock Holmes

Por: Dimas


Sherlock Holmes volta às telas dos cinemas, na interpretação de Robert Downey Jr. e com direção de Guy Ritchie. Personagem criado por Conan Doyle, escritor britânico, tornou-se mais famoso que seu criador, a ponto deste decidir-se a matá-lo, encerrando suas histórias, mas sendo obrigado a ressuscitá-lo por exigências dos leitores da época.

Na passagem para o cinema, em suas diversas versões, sempre foi caracterizado como um personagem frio e dedutivo, que raramente empregava a força física para a solução dos casos.

No filme atual, os roteiristas e o diretor optaram por uma outra via, mostrando várias cenas onde o físico de Sherlock Holmes é tão importante quanto seu intelecto. Robert Downey Jr. empresta seu carisma e cinismo ao personagem, mostrando-o arrogante, enquanto Jude Law é um dr. Watson que não consegue deixar seu grande amigo de lado e está sempre se obrigando a participar e aceitar suas "loucuras", mesmo que isso atrapalhe seu relacionamento com sua noiva. E Holmes faz o possível para que realmente atrapalhe.

A trama do filme é relativamente fraca, mostra um vilão que tem um plano desnecessariamente complicado, mas podemos considerar esse filme um prólogo para os próximos que certamente virão, e onde o grande inimigo de Holmes deverá ter uma participação bem maior. Professor Moriarty é seu nome.

Outro ponto positivo no filme é a Londres mostrada, muito real.

Quem sabe agora os livros de Conan Doyle voltem a fazer sucesso:
1. O cão dos Baskervilles
2. O signo dos Quatro
3. Um estudo em vermelho
(entre outros)


domingo, 10 de janeiro de 2010

Filmes | Títulos em Português

Por: Dimas

     Falando sobre cinema com meu amigo Cassio, ele comentou sobre a discrepância entre os títulos originais e os títulos em português, dizendo que nem sempre são coerentes. Aproveitando o tema, listo abaixo alguns títulos que não são a tradução literal do original. Às vezes com coerência, mas nem sempre ...


1. Títulos em português que dizem o contrário do original:
O Amor Não Tira Férias - The Holiday (as férias)
O Anjo Malvado - The Good Son (o bom filho)
Coração Satânico - Angel Heart (coração angelical)


2. Títulos em português que tentam explicar o título original ou o próprio filme:
Antes Só do que Mal Acompanhado - Planes, Trains and Automobiles (o filme fala da tentativa de um pai de chegar em casa no dia de ação de graças, por isso os “aviões, trens e carros)
Um Diretor Contra Todos - The Principal (o diretor)
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada - Dan in Real Life (Dan na vida real)
Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias – Multiplicity (multiplicidade. Um homem sem tempo acaba criando várias cópias de si mesmo)
Por Favor, Matem Minha Mulher - Ruthless People (pessoas cruéis, insensíveis)
O Suspeito da Rua Arlington - Arlington Road (Rua Arlington)

3. Títulos em português onde os distribuidores não confiaram no título original por serem nomes de pessoas, situações ou lugares:
Ensina-me a Viver -
Harold and Maude (Harold é um rapaz jovem. Maude é uma senhora idosa)
Fenda no Tempo - The Langoliers (Langoliers são bichos comedores do tempo, é de uma história do Stephen King)
Heróis Fora de Órbita - Galaxy Quest (Galaxy Quest é uma série de TV, igual ao Jornada nas Estrelas)
Heróis Muito Loucos - Mystery Men (Mystery Men é um grupo de super-heróis)
O Homem que Burlou a Máfia - Charley Varrick (C. Varrick é o tal homem)
Louca Escapada - The Sugarland Express (essa eu não sei)
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa - Annie Hall (Anniel Hall é o nome da mulher que o personagem de Woody Allen ama. Certa vez li que ele odiou o título que os brasileiros deram ao seu filme e por isso não mais permitiu que alterassem qualquer título de filme dele sem o seu prévio consentimento)
Nunca Te Vi, Sempre Te Amei - 84 Charing Cross Road (esse é o endereço em Londres onde fica a livraria)
Quem Vê Cara Não Vê Coração - Uncle Buck (é o tio chato, mas de bom coração)
Uma Rajada de Balas - Bonnie and Clyde (precisa dizer quem são?)
Sob o Domínio do Mal - The Manchurian Candidate (Manchurian é uma organização)


4. Títulos completamente imbecis e sem sentido:
Brincou com Fogo... Acabou Fisgado! -
Continental Divide (o que tem a ver brincar com fogo com acabar fisgado? Se pesca com fogo??)
Fé Demais não Cheira Bem - Leap of Faith (o tradutor estava com gracinha no dia, “fé demais” ou “fede mais”?)
Johnny Mnemonic, o Cyborg do Futuro - Johnny Mnemonic (quem assistiu ao filme sabe que não há cyborgs)
O Massacre da Serra Elétrica - The Texas Chainsaw Massacre (é uma moto serra e não serra elétrica. Já imaginaram o leatherface procurando uma tomada para ligar a serra quando está prestes a detonar mais uma vítima? E o pior é que não aproveitaram a refilmagem para corrigir a falha)
Pagando Bem, Que Mal Tem? - Zack and Miri Make a Porno (me parece que eles nem recebem para fazer o pornô, quanto mais receber uma boa grana)
O Tiro Que Não Saiu Pela Culatra – Parenthood (considero esse o pior de todos, afinal o normal é que todos os tiros não saiam pela culatra. A frase “o tiro saiu pela culatra” significa que a coisa deu errada, se o “tiro não saiu pela culatra” significa que deu certo. Então qual o sentido desse título???? E a tradução do titulo original é paternidade – ou maternidade)

Devem existir muitos outros títulos malucos por aí. Quem souber de algum que não está na lista, pode mandar.

A pesquisa foi realizada no site “www.adorocinema.com.br

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Filmes | Assistidos no cinema em 2009

Por: Dimas

Em 2009 assisti a 27 filmes no cinema, bem longe da minha meta inicial de ao menos um filme por semana. Não assisti a nenhum filme bomba, como “10.000 AC” e “Max Paine”, desperdícios de 2008. Vou fazer breves comentários de cada um.
Em janeiro, dois filmes, “Madagascar 2” e “A troca”. Um desenho, razoável, continuando a saga do leão Alex e seus companheiros. Houve pessoas que viram um “sair do armário” do querido Alex. Será? O filme dirigido por Eastwood nos trouxe uma Angelina Jolie “vestida para o Oscar”. Não deu sorte, mas sua interpretação de uma mãe obcecada pelo desaparecimento do filho é realmente comovente.
Fevereiro, mês do Carnaval, diversas idas ao cinema. “foi apenas um sonho”, o reencontro do casal do Titanic, em uma história densa, com uma magistral interpretação de Kate Winslet, que levou o Oscar por outro filme. “O curioso caso de Benjamin Button”, para aqueles que acham que Brad Pitt é apenas um rosto bonito no cinema mudarem de idéia. Após ver o filme, meu palpite é que seria o grande ganhador do Oscar, mas isso não aconteceu e após ver um outro candidato, também mudei de idéia. “Operação Walquíria”, Tom Cruise de tapa-olho e nazista? Tá certo que ele já fez um vilão no cinema, mas fazer um nazista? Só ser for um nazista simpático e que planeja matar o Hitler. Passatempo. "Coraline – 3D", li o livro, adoro Neil Gaiman. Bela transposição e com o acréscimo de um personagem inexistente na obra escrita, mas que adiciona muito ao desenho. Técnica de stop motion perfeita. Meu primeiro 3 D. “Do outro lado”, esse filme eu assisti na sessão das três da tarde no cinemark, teoricamente um horário destinado a filmes de arte ou cults. Gostei, fala de duas amigas, uma imigrante ilegal e ativista política. “Appaloosa” foi o último do mês. Um faroeste recente, porém tradicional.
Março e Abril com apenas um filme cada um. “Quem quer ser um milionário?”. Realmente merecedor do Oscar de melhor filme. Há quem critique a ordem cronológica das perguntas, mas me parece mais uma decisão do roteirista e diretor, que não tira o mérito do filme. E praticamente todo mundo comenta a cena da galinha, que traz à mente o filme brasileiro “Cidade de Deus”. “Presságio”, filme apocalíptico com Nicholas Cage, vale pelos efeitos especiais. O fim do mundo, mesmo.
Em maio finalmente o filme que eu tanto aguardava, “Star Trek”! E valeu a pena! Para quem conhece e ama a série clássica, um retorno maravilhoso. Para quem não conhece (existe?) um início espetacular. Bem vindos novamente, Capitão Kirk, sr. Spock e toda a Enterprise! Em seguida, “Che”, a primeira parte da vida do homem que ajudou Fidel a conquistar Cuba. Cansativo.
Em junho, tivemos uma sessão exclusiva no cinema, somente a Adriana e eu na sala, assistindo “Anjos e Demônios”. Ainda não li nenhum dos livros de Dan Brown e pelo que vi nos filmes.... Depois, “Exterminador do Futuro – a salvação”, boa ficção.
Em julho, mês de férias, quatro filmes! Em “Jean Charles”, Selton Melo encarna o brasileiro assassinado pela polícia londrina. Um bom filme para quem deseja conhecer um pouco do dia a dia dos Brasileiros que vivem como ilegais em Londres. “A era do gelo 3 – 3 D”, finalmente nosso esquilinho encontra uma namorada! O terceiro desenho mantém o padrão dos dois anteriores, mérito do brasileiro Carlos Saldanha. “Harry Potter e o enigma do príncipe”, o mais chato até agora da saga do bruxinho inglês, mas talvez a impressão mude quando assistir os dois últimos. “Inimigos Públicos”, Johnny Depp como Dilinger, uma reconstituição de época perfeita.
Agosto, somente um: “Arraste-me para o Inferno”, Sam Raimi de volta às origens, um filme de terror realmente assustador e com um final sem concessões.
Setembro, “Se beber não case!”. Não tinha intenções de assistir, mas diversas pessoas dizendo que era uma comédia muito boa, me fez arriscar. E valeu a pena. Uma comédia inteligente, nada do besteirol que encheu o cinema nos últimos anos. E com uma participação especial do Mike Tyson! “Up – Altas Aventuras – 3 D”, mais um desenho, que fala a crianças e adultos, com um prólogo comovente, que nos faz amar o velho ranzinza.
Outubro, “Che 2”, continuação e conclusão da vida de Ernesto Guevara, contando sua vida na Bolívia. Idealista, sonhador? “Bastardos Inglórios”, para mim o melhor filme do ano, não é um filme de guerra e sim um filme sobre o cinema. E não entendo tanta crítica com a mudança dos fatos históricos cometido pelo Quentin Tarantino. Se querem o real, que busquem um documentário e não uma ficção! Meu candidato ao Globo de Ouro e ao Oscar. “Distrito 9”, um filme onde finalmente os aliens não pousam nos EUA e nem na Europa. Uma analogia crua dos nossos preconceitos.
Em novembro, apenas um, “2012”, uma bobagem gigantesca, como os tsunamis do filme, mas a visão do mundo sendo destruído vale o ingresso pago.
Para terminar o ano, “A princesa e o sapo”, já comentado aqui e “Avatar”, o primeiro filme em 3 D com atores reais que assisto. O retorno de James Cameron. Um divisor de águas na tecnologia 3 D. Um filme com temática atual e que os ecologistas devem amar.